sábado, 10 de novembro de 2007

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Box Blade Runner



"Em dezembro, chega a aguardada versão definitiva de Blade Runner - O Caçador de Andróides. Além de prometer a exibição do filme nas salas de cinema, a Warner Bros. coloca nas lojas uma edição especial com três DVDs.
O lançamento contém o mais recente corte (que teve sua pré-estréia no Festival de Veneza em setembro), um segundo disco trazendo todas as versões anteriores (entre elas a original, exibida nos cinemas americanos em 1982; a versão internacional, exibida fora dos EUA no mesmo ano; e a versão do diretor, de 1992), mais um terceiro que traz o documentário Dias Perigosos: Realizando Blade Runner."

fonte: http://www.cinemaemcena.com.br/Coluna_Detalhe.aspx?ID_COLUNA=209

ps: é uma pena, mas acho que os cinemas daqui não irão exibir essa versão definitiva desse clássico da ficção científica inspirado num livro de Phillip K. Dick e dirigido por Ridley Scott. Os donos de cinema do nosso país (mais precisamente os de Natal) estão mais preocupados em exibir bobagens de exagerado apelo comercial como Transformers e Eragon do que por nas suas melhores salas filmes inteligentes e bem dirigidos como Blade Runner (salvo algumas raras exceções dentro da programação, como a exibição de cinema de arte — somente as 3 hrs da tarde). Nesses últimos tempos multiplicou nas salas de cinema, como uma epidemia, filmes dirigidos por diretores medíocres e de forte apelo comercial. Às vezes o diretor contratado é até bom, mas os produtores desses blockbusters, na sua ganância desesperada pelos dólares da bilheteria, estragam a obra do diretor acrescentando clichês por demais apelativos (sangue ou gosma no caso de filmes como Exorcista – o começo, ou “cenas de ação” como em Invasão do mesmo diretor do excelente A Queda – Os últimos Dias de Hitler).
No caso da primeira versão de Blade Runner não foi diferente. Embora a intervenção dos produtores da Warner Bros. não houvesse estragado tanto o filme (a narração em off e o final “bucólico” e “bonitinho” acrescentados por exigência dos engravatados de Hollywood) como no caso dos citados acima, a versão do diretor certamente é a melhor.
Por isso eu recomendo para quem ainda não assistiu (ou assistiu apenas a versão do “final feliz”) ou aqueles que já assistiram, esta obra da ficção científica que ultrapassa o tempo e as barreiras da arrogância e da burrice que infestam e fazem parte das produções cinematográficas, em tempos em que o que mais parece importante é o simples lucro e estar no topo da lista das bilheterias, do que as qualidades que fizeram o cinema ser chamado um dia de a sétima arte.